Gatos e cachorros estão presentes em quase todas as residências do Brasil e com frequência aparecem nas redes sociais de seus donos, mas a decisão de tê-los é muito importante e deve ser tomada com cautela.
A pedido da Comissão de Animais de Companhia (Comac), o Instituto H2R fez uma pesquisa no Brasil e identificou que de 2.002 pessoas, 53% dos domicílios possuem cães e/ou gatos. Desses lares, 44% escolheram cachorros e 21% decidiram por gatos. Ainda, 42% dos que têm cachorro, disseram ter um SRD (Sem Raça Definida) e 53% afirmaram ter preferência por uma raça específica. Entre os que têm gatos, 62% têm um SRD e 22% têm um animal de raça.
Estima-se que mais de 30 milhões de animais (20 milhões de cachorros e 10 milhões de gatos) vivem em situação de rua. Um estudo publicado na Revista Dimensão Acadêmica, sobre o “índice estatístico de animais domésticos resgatados da rua vs adoção”, apontou que apenas 45% dos cachorros e 38% dos gatos de rua encontram um final feliz na adoção.
Inclusive, durante a crise da pandemia do Covid-19, o Instituto Brasil Pet demonstrou que houve um aumento de 50% na procura por adoção de cães e gatos nos primeiros meses da pandemia, no entanto, a Ampara Animal afirmou que o abandono cresceu 61% entre junho de 2020 a março de 2021. E é triste que, apesar deste número alarmante, há seres humanos que ainda vejam os animais somente como mercadorias.
Muitas pessoas não entendem por que comprar animais de estimação é visto como um problema e não compreendem como se dá a exploração deles quando a procriação tem apenas a finalidade de comercialização. A criação de cães e gatos de raça não é algo necessariamente ruim, mas deve haver alguns padrões rigorosos a serem seguidos.
Na maioria das vezes, os criadores são irresponsáveis e não têm conhecimento sobre a genética dos animais que estão reproduzindo, não observam questões de higiene e saúde, visando apenas o lucro da venda. Além disso, na hora do cuidado do cão ou gato de raça, há diversas cautelas especiais a serem tomadas, como por exemplo, o custo alto para manter uma dieta ou tratamento específico.
No entanto, existem milhares de vira-latas que são encontrados com mais facilidade, através de adoção. Eles são parceiros, divertidos, amorosos e tendem a ter uma saúde melhor, por possuírem maior resistência imunológica. Claro que, apesar disso, ainda precisam de assistência à saúde, vacinas, anti pulgas e vermífugos.
Adoção é um ato lindo, mas deve ser realizado com responsabilidade! Os vira-latas também necessitam de um lar, onde possam receber afeto, amor, carinho e segurança. Portanto, ao tomar a iniciativa de adotar, você contribui com a diminuição da “indústria de pets” e maus-tratos que, na maioria das vezes, os cães e gatos sofrem durante esse processo, que tem a finalidade de mercantilização.
Adotar também ajuda a reduzir a superpopulação dos animais de rua, que diariamente sofrem crueldades, acidentes e outras ocorrências tristes que a situação causa, como fome e frio.
Antes de tomar a decisão, é importante se perguntar se você está pronto para assumir essa responsabilidade, se tem tempo disponível, se tem um lugar adequado com o espaço necessário para o pet e o principal é se você está pronto para dar e receber muito amor e carinho!
A convivência com animais de estimação traz diversos benefícios aos humanos, por exemplo, a diminuição do sentimento de solidão e depressão. Ter uma companhia gera alegria, causando mudanças positivas no comportamento e na vida das pessoas. Diante de tantas vantagens na adoção de um pet, é evidente a maior delas é dar a oportunidade dele ter um lar e uma família e em troca receber um amor incondicional!