Você sabe o que são dermatofitoses? Tratam-se de infecções fúngicas da pele provocadas por diferentes fungos e podem acometer equídeos, suínos, bovinos, caprinos, cães, gatos e até mesmo o homem. Nos animais, de modo geral, apresentam-se como lesões secas, arredondadas e frequentemente não coçam, que se espalham na epiderme, pêlos e podem se distribuir para as unhas e cascos.
O contágio se dá pela exposição direta ao fungos Trichophyton equinum e Trichophyton mentagrophytes, comuns no solo. A pele dos equinos é responsável por manter a temperatura, regular as sensações e equilíbrio hídrico. Uma doença dessa pode afetar o animal como um todo, podendo causar até prejuízos de ordem econômica.
É comum a dermatofitoses afetar animais que vivem em áreas de clima tropical e temperado, principalmente entre o outono e inverno, pois nesses meses ocorre o crescimento dos pelos e há mudança do metabolismo para a manutenção do calor corporal, acarretando em quedas na imunidade. A doença forma manchas circulares que causam queda de pêlos e descamação e geralmente aparecem na cabeça, pescoço, ombros e paredes laterais do tórax, são áreas de maior atrito com as rédeas ou sela, mas podem se espalhar para outras áreas do corpo.
Isso porque a transmissão pode ocorrer de animal para animal por contato direto ou indireto ou indiretamente, atrás de esporas, estábulos, cercas, comedouros, entre outros. A umidade crônica por transpiração e questões ambientais podem aumentar as infecções, que normalmente começa com uma erupção papular com pêlos eretos, mas evoluem rapidamente para pápulas crostosas que vão se espalhando por toda a circunferência do animal.
Além disso, os esporos, ou seja, a unidade de reprodução do fungo, podem viver sobre a pele sem causar qualquer lesão, mas esse animal se torna uma grande fonte de infecção, ademais, fatores podem diminuir a resistência às infecções, como má nutrição, estresse, moléstia ou uso de medicamento imunossupressores.
Um indicativo de início da doença são manchas circulares com perda de pêlos e formação de caspa. Alguns animais desenvolvem coceira, mas geralmente é mínima ou ausente. A dermatofitose em cavalo pode se manifestar, inicialmente, similarmente à urticária e os pêlos nas áreas afetadas ficam como se estivessem arrepiados.
No caso da dermatofitose em equinos o diagnóstico é confirmado através de uma análise na cultura fúngica, se houver indicativo clínico presentes no animal direcionam a essa identificação. É importante um exame antifungigrama saber qual antifúngico é aconselhável para combater a infecção.
Dependendo do resultado dos exames, é aconselhado o uso de antibiótico e antifúngico em pomada, shampoo e outros fármacos de uso externo junto com medicamento oral. Como forma preventiva, também é prudente isolar o animal infectado e desinfetar o local com álcool ou amônia quaternária. É importante lembrar que essa doença pode ser transmitida do cavalo ao ser humano através de um simples contato.