Câncer em cachorro: como identificar?

Saiba como identificar câncer em cachorros.

O câncer é uma doença que pode afetar não apenas os seres humanos, mas também nossos amigos caninos. Assim como em humanos, o câncer em cachorros pode ser causado por diversos fatores, como genética, exposição a agentes cancerígenos e idade avançada.

Sinais e sintomas do câncer em cachorros

  1. Caroços ou inchaços: Um dos primeiros sinais de câncer em cachorros pode ser a presença de caroços ou inchaços na pele. É importante verificar regularmente o corpo do animal para identificar alterações.

  2. Feridas que não cicatrizam: Feridas que não cicatrizam ou não melhoram com o tempo podem indicar a presença de câncer.

  3. Perda de peso inexplicável: A perda de peso sem motivo aparente pode ser um sinal de que o organismo do animal está lutando contra uma doença grave.

  4. Mudanças no apetite: Se o cachorro apresentar diminuição do apetite ou dificuldade para comer, isso pode ser um indício de câncer oral ou gastrointestinal.

  5. Dificuldade para respirar, urinar ou defecar: Alterações nessas funções podem ser sinais de câncer no trato respiratório, urinário ou digestivo.

  6. Sangramento ou secreção: A presença de sangue ou secreção anormal pode indicar câncer nos órgãos internos ou sistema linfático.

  7. Falta de energia: Um cachorro com câncer pode apresentar letargia, cansaço e falta de energia.

  8. Dor ou inchaço nas articulações: A presença de dor ou inchaço nas articulações pode ser um sinal de câncer ósseo ou artrite.

  9. Mudanças de comportamento: Alterações no comportamento, como irritabilidade, agressividade ou isolamento, podem ser sinais de desconforto causado pelo câncer.

Tipos comuns de câncer em cachorros

  • Linfoma: É um câncer que afeta os linfonodos e o sistema linfático. É um dos tipos mais comuns de câncer em cães e pode se manifestar em qualquer idade.

  • Mastocitoma: É um tumor maligno que se desenvolve nas células do tecido conjuntivo da pele. Afeta principalmente cães de meia-idade e idosos.

  • Osteossarcoma: É um câncer ósseo agressivo que afeta principalmente cães de grande porte e de idade avançada.

  • Carcinoma de células escamosas: É um câncer de pele que afeta principalmente áreas expostas ao sol, como orelhas e focinho.

  • Hemangiossarcoma: É um câncer vascular agressivo que afeta o baço, fígado, coração e outros órgãos internos. É mais comum em cães de meia-idade e idosos.

  • Carcinoma mamário: É um câncer que afeta as glândulas mamárias e é mais comum em cadelas não castradas.

  • Carcinoma de células de transição: É um câncer que afeta principalmente a bexiga e o trato urinário superior. É mais comum em cães idosos.
  • Tumores cerebrais: Acometem o cérebro e o sistema nervoso central, afetando funções motoras e cognitivas.
Lembre-se sempre de consultar um veterinário.
Realizar uma consulta com o veterinário é a melhor forma de iniciar um diagnóstico. (Foto: Envato Elements)

Diagnóstico do câncer em cachorros

  • Exame físico: O primeiro passo para diagnosticar o câncer em cachorros é um exame físico completo realizado por um veterinário.
  • Exames laboratoriais: Testes como hemograma completo, perfil bioquímico e urinálise podem ajudar a identificar alterações relacionadas ao câncer.
  • Exames de imagem: Raio-X, ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) podem ser úteis para localizar tumores e avaliar a extensão da doença.
  • Biópsia: A biópsia é um procedimento no qual uma amostra de tecido é coletada e analisada para confirmar o diagnóstico de câncer.

Tratamento do câncer em cachorros

Cirurgia

A remoção cirúrgica do tumor é muitas vezes o tratamento mais eficaz e pode ser curativa, dependendo do tipo e estágio do câncer.

Quimioterapia

O uso de medicamentos para destruir células cancerígenas pode ser uma opção de tratamento, especialmente em casos de câncer metastático.

Radioterapia

O tratamento com radiação pode ser utilizado para encolher tumores ou aliviar sintomas causados pelo câncer.

Imunoterapia

A imunoterapia é uma abordagem de tratamento que estimula o sistema imunológico do animal para combater o câncer.

Terapias complementares

Terapias como acupuntura, fisioterapia e nutrição adequada podem ser úteis para melhorar a qualidade de vida do animal durante o tratamento do câncer.

Prevenção do câncer em cachorros

  1. Alimentação equilibrada: Uma dieta saudável e equilibrada pode ajudar a prevenir o câncer, fornecendo nutrientes essenciais e antioxidantes.
  2. Exercício físico: A atividade física regular ajuda a manter o animal em forma e fortalece seu sistema imunológico.
  3. Castração: A castração precoce, especialmente em cadelas, pode reduzir significativamente o risco de câncer mamário.
  4. Evitar a exposição a agentes cancerígenos: Evite expor seu animal a produtos químicos, fumaça de cigarro e outras substâncias tóxicas.
  1. Vacinação: Manter o calendário de vacinação em dia pode ajudar a prevenir doenças infecciosas que podem aumentar o risco de câncer.
  2. Exames regulares: Levar seu cachorro ao veterinário regularmente para exames de rotina permite a detecção precoce de câncer e outras doenças.
  3. Cuidados com a pele: Proteger a pele do animal contra a exposição excessiva ao sol e verificar regularmente a presença de caroços, inchaços ou feridas pode ajudar a identificar sinais de câncer precocemente.
A cirurgia pode ser a melhor opção.
Muitas vezes a melhor opção é remover o tumor de forma cirúrgica. (Foto: Envato Elements)

Raças de cães com predisposição genética ao câncer

Algumas raças de cães possuem uma predisposição genética maior para desenvolver câncer. Entre elas, destacam-se:

  • Golden Retriever: Essa raça apresenta uma alta incidência de linfoma e hemangiossarcoma.
  • Boxer: Os Boxers são propensos a desenvolver tumores cerebrais, mastocitomas e outros cânceres de pele.
  • Rottweiler: Essa raça tem maior risco de desenvolver osteossarcoma e linfoma.
  • Pastor Alemão: Os Pastores Alemães são predispostos a desenvolver hemangiossarcoma e linfoma.
  • Poodle: Os Poodles apresentam maior propensão a desenvolver câncer mamário e linfoma.

É importante lembrar que nem todos os cães dessas raças desenvolverão câncer e que outras raças também podem ser afetadas pela doença. A predisposição genética é apenas um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer em cães.

A importância da pesquisa em câncer canino

A pesquisa em câncer canino é fundamental para o desenvolvimento de novas abordagens diagnósticas e terapêuticas. Além de beneficiar os cães, muitos estudos também contribuem para o avanço do conhecimento sobre o câncer em seres humanos. Isso ocorre porque os cães e os humanos compartilham muitos aspectos biológicos, genéticos e ambientais que influenciam o desenvolvimento do câncer.

Os avanços na pesquisa em câncer canino levaram à descoberta de novas terapias-alvo, imunoterapias e tratamentos menos invasivos, como a criocirurgia e a terapia fotodinâmica. Esses progressos melhoram a qualidade de vida dos animais e aumentam suas chances de recuperação, além de fornecer informações valiosas para o tratamento do câncer em humanos.

Conclusão

O câncer em cachorros é uma preocupação crescente, mas com conhecimento e atenção, podemos identificar os sinais e sintomas precocemente. A detecção precoce, o diagnóstico correto e o tratamento adequado são fundamentais para aumentar as chances de recuperação do animal e garantir uma vida saudável e feliz ao seu lado.
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Respostas de 3

  1. Há três anos perdi meu cachorro (labrador com akita), devido à metástase originária de câncer nos testículos. Um ano antes, notamos um inchaço nos testículos dele quando davamos banho, como era final de semana, resolvemos levá-lo na segunda-feira para consultar. No dia da consulta o inchaço havia dobrado de tamanho e o veterinário já o internou para realizar a cirurgia. Feita a cirurgia, o veterinário deu alta e recomendou anti-inflamatórios e antibióticos e pediu que retornassemos para retirar os pontos. Segundo ele, havia retirado todo o tumor e estava tudo bem. Nós, leigos no assunto, fomos para casa felizes.
    Uma ano depois, notamos que o pelo dele começou a cair e um inchaço abdominal, levamos ao veterinário de sempre e após a consulta o diagnóstico foi doença do carrapato que estava causando disfunção hepática e receitou alguns remédios para ele tomar durante 1 mês e retornar para consulta. Passado o tal mês, assim que suspendemos o remédio, o inchaço voltou e duplicou de tamanho em poucos dias, eu não quis esperar a data da consulta e o levei em outro profissional, pois já desconfiava que era algo bem grave. E não estava errada, após o exame clínico, ela nos ligou e disse que era certa a existência de um tumor no abdomen e solicitou nossa autorização para fazer um ultrassom e a cirurgia no dia seguinte. Ela não o deixou internado, o levamos para casa com o sentimento de poderia ser uma despedida. No dia seguinte o levamos para fazer a cirurgia. Infelizmente, o quadro era muito mais grave do que o ultrassom pode mostrar. O tumor maior estava no fígado (cerca de 6 quilos de massa), e já havia comprometido os outros órgãos. A veterinária precisou eutanasiá-lo, pois infelizmente, o câncer já havia se espalhado. Como os exames de sangue foram refeitos, não havia sinal de doença do carrapato e sim de neoplasia, mas como nós não sabíamos interpretar as informações, acreditamos no primeiro profissional. A veterinária que atendeu por último ficou assustada com a rápida evolução do tumor, pois de uma semana para outra ele quase triplicou de tamanho (levamos fotos do Scott de uma semana antes). Até hoje não me conformo de o primeiro veterinário ter sido tão negligente, pois não foi feito exame de imagem, pois ele disse ser desnecessário. E me sinto culpada por não ter percebido a gravidade antes, achei que ele estava engordando por causa da castração, mas na verdade estava inchado…

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